sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Limite que voa




derme de delicadezas
onde sobreponho o íntimo
__________e resoluto hábito

na verdade apenas
a umidade
__________do lábio

intumescido pendor dos
meus desejos impuros em
hálitos de luas excitadas

metade ausente do homem
no que respira a pele
__________insidiosa da ternura

matriz do que pulsa na
pele em volúpia e sentido
fálico

densidade rubra
disfarçando o vazio

poema de lau siqueira - desenho de luyse costa

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Fagulhas



impulsão dos corpos

que descem e sobem

no coletivo


(pausa)


de tão ausente

quase não vi o rosto


(pausa)


rigor antigo

face e rugas

do invisível


(pausa)


com suas mãos

caminhantes


(pausa)


alinhavo do infinito


(pausa)


bico ferino

realidade ponteaguda


(pausa)


como uma agulha

espetando a memória

de um silêncio absoluto


(lau siqueira – poema vermelho)


poema de lau siqueira - desenho de luyse costa

domingo, 16 de agosto de 2009

O começo de tudo



DIÁLOGOS - I

no olhar da coruja
a noite cobre a janela

na distância do verso
aos rabiscos da lua

no hálito distendido
das nuvens

no instante em que
o medo respira fundo

na embriaguês de tudo
________traço a traço

o poema transborda
no que cala

poema de lau siqueira - desenho de luyse costa