sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Fagulhas



impulsão dos corpos

que descem e sobem

no coletivo


(pausa)


de tão ausente

quase não vi o rosto


(pausa)


rigor antigo

face e rugas

do invisível


(pausa)


com suas mãos

caminhantes


(pausa)


alinhavo do infinito


(pausa)


bico ferino

realidade ponteaguda


(pausa)


como uma agulha

espetando a memória

de um silêncio absoluto


(lau siqueira – poema vermelho)


poema de lau siqueira - desenho de luyse costa

6 comentários:

Grabel disse...

É estranho olhar pras pessoas e pensar que elas tem toda uma vida antes de chegar anaquele ponto que estamos vendo.
(não que exista nexo entre o post e o comentário)
Isso aqui tá muito bom!
=D

Gil de todos os dias disse...

ônibus são ótimas fontes de inspiração.Passo o tempo das viagens observando as pessoas.

Sara disse...

trabalho maravilhoso de vocês dois, continuem nesse ritmo

Bruno. disse...

Hum, tou começando a adorar isso aqui...

Alexandre Henrique disse...

Belo poema, pausa ferina, pausa de sangue, pausa ancestral.Azul magnético pra quem entende das cores. Linhas suaves, comtemplação. Muito bonito!

Raphael disse...

Massa!