não virá de ti
o poder das ancas
...quando corres com lobos
no silencioso e íntimo
degredo das vulvas beduínas
numa história sem migalhas
nem sagrações dos teus
. ................medos contidos
(tecendo a existência
na supressão duma histeria
e nas retenções da urina)
não vejo em ti as multidões
diluídas na ternura ou nas luas
espalmadas sob a blusa
nem guardo o olhar que não
te vê no espasmo híbrido
da noite que acolhe desejos
não vejo nada (
......................... ! porra ! )
somente a tua inexistência
e um vazio invisível ecoando
nos latidos da minha pelePoema de
Lau Siqueira, desenho de
Luyse Costa
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