o poder das ancas
...quando corres com lobos
no silencioso e íntimo
degredo das vulvas beduínas
numa história sem migalhas
nem sagrações dos teus
. ................medos contidos
(tecendo a existência
na supressão duma histeria
e nas retenções da urina)
não vejo em ti as multidões
diluídas na ternura ou nas luas
espalmadas sob a blusa
nem guardo o olhar que não
te vê no espasmo híbrido
da noite que acolhe desejos
não vejo nada (
......................... ! porra ! )
somente a tua inexistência
e um vazio invisível ecoando
nos latidos da minha pele
Poema de Lau Siqueira, desenho de Luyse Costa
Aceitamos sugestões de temas para desenvolvermos nos próximos posts.
6 comentários:
Maravilhoso! Amei a ilustração e o poema!
Delícia!
Como tecer a ausência de algo que se recolhe em nós mesmos, não é? Sua poesia consegue dar corpo ao desejo. Bjs!
Maravilhoso espaço, Lau. Poesia e arte visual em suntuosa harmonia. Parabenizo aos dois artistas pela fortuna das obras.
Muito apreciei!
Abraços nos dois,
H.F.
Inspirador...
Uma ou outra? Direita ou esquerda? Vermelho ou vermelho? E o mundo dá rodadas!
Bravo muito bom...forte.
Parabéns!!!
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