nada havia
entre os olhos e
a imensidão do olhar
na pele dormente
em pelos fugidios
(anelo absoluto)
carne em pulsação
ancas sobre um cio
degustado aos gritos
ornamentos d’álma
na luxúria e nos
argumentos sumidos
debrucei-me em seios
e tamanha boca engolia
meu hálito de adagas
como nos vinhedos
por onde as milhas
trucidaram-me
engolido
pelas imensidões
eu disse
s i m
entre os olhos e
a imensidão do olhar
na pele dormente
em pelos fugidios
(anelo absoluto)
carne em pulsação
ancas sobre um cio
degustado aos gritos
ornamentos d’álma
na luxúria e nos
argumentos sumidos
debrucei-me em seios
e tamanha boca engolia
meu hálito de adagas
como nos vinhedos
por onde as milhas
trucidaram-me
engolido
pelas imensidões
eu disse
s i m
Poema de Lau Siqueira, desenho de Luyse Costa.
12 comentários:
Belos riscos...
Lindas poesias..
Beijos,
Regina.
Lindo casamento: letrinhas e traços! Adoro!
beijos
Luly, aquela puntinha pe é pamiliar, no?
Não podemos contar...
Muito doce o momento. Vc sabe dar um traço de enlevo ao sujeito poético na sua vertigem erótica. Dizer "sim" é abismar-se e esquecer-se. A única nuvem que vejo é o hálito de adagas, imagem que contrasta com a doçura com que o olhar deseja o momento. Estou aqui a pensar nas adagas...
Bj!
Pô Susannah, eu sou espada...
Olha... aviso aos visitantes:
eu e Luy estamos em crise. Não pintou climas nem cromas. O blog parou pra ser repensado. Talvez para ser diluído em outras coisas admitidas no meio desse não que o último sábado pintou em nossos elos. enfim... estamos pensando.
Ora, Lau! A imagem das adagas é forte... e ela me leva a muitos tons e olhares. E há uma leveza no poema que contrasta com isso, que eu adorei!
Bj!
tô esperando a volta...
Uhhh!!!
"hálito de adagas"
Impressionante...
bela composição, e belo desenho!
luy, acho melhor trocarmos o título para "cofrinho".
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK.
E vc olhou, foi?
“...percebo sonhos da tarde
arderem aos flancos -
unhando-se...”
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